Nesta aventura de ensinar os meus miúdos que não vão à creche, aprendo tanto…
Agora andamos a explorar a Geologia.
Por aqui, não temos um plano do que queremos que eles aprendam.
Eles questionam sobre assuntos diversos e nós exploramos com eles os seus interesses. Haverá melhor maneira de aprender do que por curiosidade e paixão?
Então, como o interesse agora partiu de um livro pop-up com placas tectónicas, aventurámo-nos pelas consequências das mesmas.
Para aprender os sismos, algo com o que eles já tinham ficado muito interessados com o filme do terramoto de 1755, no Lisbon Story Center, simulámos os efeitos com pequenas cidades construídas com os brinquedos deles juntando a compreensão das diferentes dimensões com os números da escala de Richter.
Sobre os vulcões, fomos visitar um vulcão extinto e trouxemos algumas pedras de magma para analisar melhor no microscópio.
Reutilizámos o glaciar que fizéramos com jornais, para os anos do Daniel, e tornámo-lo um vulcão, que lançava fogo e tudo 🙂
Para melhor compreender porque anda lava a sair aí pelas montanhas, ainda montámos metade de um planeta para perceber o seu núcleo quente.
Para os tsunamis ainda falta fazer uma simulação numa tetina de água com casinhas de brincar.
Juntámos alguns documentários do canal Odisseia ou da Netflix, livros da biblioteca e de amigos, e muitas conversas, e durante algumas semanas divertimo-nos a aprender este tema.
Têm 4 anos, não espero, nem de longe, que decorem nomes de tudo. Mas sei, porque até nas suas brincadeiras sozinhos isso se espelha, que com estas actividades ficam com a noção de como a vida na Terra, no Universo, funciona.
E que ficam com a ideia, de que aprender é uma brincadeira que se segue ao descobrir de uma paixão.
Que a sua aprendizagem possa ser assim pela vida toda.